Quando minha filha do coração, Katia, teve os meus amados netinhos gêmeos, ela esperou a queda dos umbigos e os reservou. Na primeira oportunidade em que pode vir para cá, para o Rio Grande do Sul, os trouxe e os enterrou em solo “gaucho”, para garantir as raízes gauchas!
Sabendo desta estória, o João Batista Fagundes fez os versos abaixo:
1
Enterrei dois umbigos de crianças
Sob o solo sagrado do Rio Grande
Qual lembrança abençoada que se expande
Dando flores e frutos como herança.
Marco altivo de amor e de confiança
Para com seus futuros descendentes
E para o braço altivo então nascente
Que no Brasil abriu novas porteiras
Para um lugar sem cerca nem fronteiras
No novo mundo de uma nova gente!
2
São dois valores vindos neste mundo
Onde trouxeram vida, amor e história
Para andar sobre nova trajetória
Pontilhada por passos mais profundos!
Formam juntos projetos bem fecundos
Que no tempo farão nobre papel,
Pois ocupam lugares de um painel
Onde há gente que o passo não vacila
E que deu olho azul para a Camila
E visão de grandeza ao João Miguel.
3
São gaúchos nascidos bem distante
Deste solo que agora abriga o umbigo
Onde sempre terão o doce abrigo
Da semente de amor que ali se plante.
No Rio Grande tem sempre alguém que cante
Este exemplo feliz de ação tão bela
Da mão da mãe que fez através dela
A mensagem de amor que o gesto encerra
Sem enterrar no chão coisas da terra,
Mas dando à terra amada o sangue dela…
Lembrei-me disso, pois esta semana chegam os netinhos, para fortalecerem um pouco mais os laços com nosso amado Rio Grande! (E com os avos, claro!!!)
Um beijo a todos, e fiquem na luz!
A Morte Não Existe 
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