A Morte Não Existe

Mensagens, depoimentos e informações sobre a história da Joyce

Arquivo para janeiro, 2012

Do Livre Arbítrio e das provas…uma aula!

A partir da página 111 do livro há uma explicação clara e esclarecedora sobre “provas” e sobre o Livre Arbítrio.  Vale a pena reproduzir um pequeno trecho, o que faço à seguir:

O livre arbítrio é considerado um dos principais fatores de evolução humana, só com o exercício do livre arbítrio o homem pode realmente evoluir, e se tu dás provas, e aqui, quando eu digo provas, eu me refiro a provas incontestáveis, provas científicas, da existência de um mundo espiritual, da comunicação com espíritos, tu tiras da humanidade toda um dos principais alvos do livre arbítrio, o de escolher uma fé, uma filosofia, uma religião, ou até o ateísmo, pois se fosse cientificamente provada a comunicação com espíritos, isso destruiria todas as religiões que não acreditam nisso, que são muitas, e destruiria também o ateísmo. E tu perguntarias: mas isso não seria bom? E eu responderia: seria ótimo, se acontecesse por mérito da humanidade e através de seu livre arbítrio, não por imposição de uma prova científica. O ateísmo e as diversas religiões são como os diversos graus de nossa escola, desde o maternal, jardim da infância, pré, ensino fundamental, ensino médio, ensino superior, especialização, mestrado, doutorado, pós-doutorado e cada um têm que usar seu livre arbítrio pra progredir rápido ou devagar nesses “estudos”, sem provas, só através da fé. O pós-doutorado, na Terra, seria uma Filosofia Espiritualista Ecumênica Arreligiosa.

É uma aula!

Cada vez que re-lemos o livro encontramos trechos que nos chamam a atenção, antes despercebidos. Espero que curtam as suas “re-leituras”!

Fiquem na Luz!

Luiza.

MAS TEU CORAÇÃO, NAS ESTRELAS por Odi Alexander Rocha da Silva

Recebemos de Alexander um depoimento comovente (veja em “depoimentos”) juntamente com este lindo poema em homenagem à JOYCE. Espero que vocês a apreciem tanto quanto nós.

Fiquem na Luz!

MAS TEU CORAÇÃO, NAS ESTRELAS… 

O mundo aqui segue na esteira das lembranças.

O tempo passa, é certo, mas onde a distância?

Da tua luz a Imensidão fez o Seu farol.

Amarguras, tristezas, sempre há quem fazê-las

Mas teu coração, nas estrelas, surgiu.

Desperta agora como um sonho que sumiu,

Apenas para lembrar que não partiu.

 

Todo mundo no fundo sabe: a distância maior

É estar longe do próximo,

E, nas estepes da lonjura da proximidade,

Não importa o que penso,

Não importa o que faço.

Para a certeza da dúvida, basta um passo,

Estrelas faltam dentro, fora, em térreo ou terraço.

 

Menina Joyce, será que eu também te nasço

Enquanto me renasces com tuas palavras,

Douradas como a cor dos teus cabelos?

Amarguras, tristezas, sempre há quem fazê-las,

Mas teu coração, nas estrelas, em inspirar

Me diz:” se aceitas o bem, para ficar

Ele joga teu coração para o ar”.

 

A tua luz transcende e dissipa a escuridão.

A menina fala e, então, “calço” as palavras tais

Como se fossem calçados da empresa de seus pais[1].

A inteligência atravessada de luz

Tão gigante se conduz, chegando neste mundo qual tropel.

Aráutica existência, a sabedoria é seu véu

E lhe faz anel de ouro… no dedo do céu.

 

Quando houve a contemplação do teu desfalecer,

Um casal perdeu-se de seu próprio coração.

O céu rachou e o arco-íris derreteu.

Amarguras, tristezas, algo sempre há de trazê-las

Mas teu coração, nas estrelas, mui nobre e liso

Veio derramar um afago tão preciso,

E a mera vida fez-se plena… do teu sorriso.

 

João-Homem-Grande é teu pai[2].

Agasalhado ao manto de Mãe Maria[3],

Lida com o dia-a-dia dos corações que ficaram.

Racional e valente, é muralha contra a dor.

Mas por afeto e teu favor, que se acaloram,

Ele sabe que valentes homens também choram

Por filhas do amor, que tanto adoram.

 

Tua mãe também é luz[4], o feminino da vida

Fruto das raízes, sutilezas e sonhos desta terra.

Procura entender sem ser preciso provar nada[5].

Amarguras, tristezas, sempre algo vai fazê-las

Mas teu coração, nas estrelas, com amados e brilhantes caduceus

Chega e diz, “mãe, me conta todos sonhos teus,

Que neles vou formar canções de Deus”.

 

Certa feita, Tua forma desenhou-se no ar,

E enriqueceu a mera vida.

Que viesse o relâmpago, que viesse o trovão,

A melodia da tua presença era um refrão, tão somente ‘inda mais apaixonado.

“Eu sou o que o amor em mim ungiu”

Disse a filha-tesouro, volvendo ao lar donde surgiu

Para dizer que amar é algo mais sutil.

 

E tudo ficou tão claro, extinguindo a escuridão.

Era a menina mesma, encarnando a proximidade.

Tão menina e madurando a pulsão do Espaço.

Dúvida e saudade, quando não se há de tê-las?

Mas teu coração, nas estrelas, em alegria interna

Disse as palavras que exala e externa

Uma doce menina, que é eterna.

 

Apenas é possível fazer o que se pode.

Por isso fazes o que podes,

Por isso tuas palavras, por isso pensas e amas,

Na esteira de coisas tantas

Tanto belas como santas, o espírito em tudo é transformador.

O alívio é a tarefa, a lembrança é o clamor

Da fé, da esperança, do amor.

 

A menina do sorriso que agarra

É tão simples, tão menina,

A faceirice que é séria, aconselhando alegria

Amarguras, tristezas, sempre há quem fazê-las

Mas teu coração, nas estrelas, devagarzinho

Enxuga olhos lacrimosos com carinho,

Pois cabem apenas glórias no puxadinho[6].

 

Não és superior apenas por cursos e vivências.

Em frente ao teu sorriso, um aprendiz logo vê seu lugar.

Uma menina, uma bonequinha vem para ensinar

Um professor como eu a lecionar[7].

É assim que acontece de forma sensata:

A Tua Palavra escrita, tão exata

Vivifica o que o espírito mata[8]

 

… Quando, triste, apenas quer o que acha certo.

O que é o ser humano senão a tentativa-erro de si mesmo

No nascedouro da experiência de cada dia?

Amarguras, tristezas, sempre se há de vê-las

Mas teu coração, nas estrelas, na voz-madrugada ou vespertina

Me diz que é belo pensar no amor que não termina

Crendo, muito crendo na Palavra da menina.

 

Tua presença será sempre bela, cheia do mistério elevado

Do pássaro que sombreia a lua, das aves manchando o pôr-do-sol.

Quão imatura é a descrença no poder do teu sorriso.

Na capa do livro da Tua Palavra, lá ele está,

E onde quer que ele vá, despedidas meninas são cheias de retorno

Repletas de um calor que é quase um forno

Tão belas como as estrelas que há no entorno[9].

 

O mundo vai seguindo na esteira das lembranças.

O tempo passa, correto, mas onde a distância?

Da tua luz a Imensidão fez Seu farol.

Amarguras, tristezas, o mundo muito ‘inda há de tê-las,

Mas teu coração, nas estrelas, surgiu

Pra sempre despertar tal como um sonho que sumiu

Apenas para lembrar… que não partiu.

 

Dedicado a Joyce Grossmann

Pela palavra que consola sem limites,

Por ser uma companhia que, tendo ido,

Sempre está por perto,

E a Luiza Kehl e John Grossmann,

Que criaram Joyce com a verdadeira medida do amor,

Que é o amor sem limite.

 

Respeitosamente,

Odi Alexander Rocha da Silva

06 de janeiro de 2012.


[1] Alusão à ocupação dos pais de Joyce, uma empresa exportadora de calçados.

[2] Trocadilho alusivo ao nome híbrido (inglês e alemão) do pai de Joyce, John Grossmann.

[3] Nas correspondências que envia a Joyce, transcritas no livro “A Morte não Existe – O Fim é Apenas o Começo”, de Joyce Grossmann, psicografado por Luiza Kehl, John Grossmann deseja que Joyce seja resguardada pelo manto de Mãe Maria.

[4] Referência à origem latina do nome Luiza, que significa luz, vocábulo “parente” do termo Lúcifer”, que, em latim, significa, “aquele que carrega a luz”. Por uma infeliz coincidência, Lúcifer era o nome de um dos “anjos malditos” que, conta a tradição católica, organizou uma rebelião no céu.

[5] Nas primeiras comunicações, Joyce chamou a atenção de seus pais para o fato de que suas comunicações não deveriam ser um incentivo para se provar nada, mas para incentivar a crença e, conseqüentemente, o amor.

[6] Lugar sagrado para a família de Joyce, dedicado à reflexão e espiritualidade.

[7] Alusão à profissão do autor que, de fato, é licenciado em Letras.

[8] Alusão à famosa frase do apóstolo Paulo em II Coríntios 3, 6: “a letra mata, mas o espírito vivifica”. No entanto, a falta de fé por vezes mata muitas oportunidades de crescimento, o qual volta a ser incentivado por uma palavra de amor. No caso da palavra de Joyce, uma palavra escrita.

[9] Referência à capa do livro “A Morte não Existe – O Fim é Apenas o Começo”, de Joyce Grossmann, psicografado por Luiza Kehl. Na capa, vê-se o rosto sorridente de Joyce cercado pelas constelações.